segunda-feira, 2 de maio de 2011

Povoado do Santo André - Encontro Cultural foi um Sucesso!.

No dia 30/04/2011, estivemos na casa do Senhor João Tingui, no Povoado de Santo André. O mesmo, com seus 86 anos de idade, ainda trabalha na lavoura.  Pudemos constatar de perto, pois  no momento da nossa chegada, ele estava na roça. A equipe  composta  pelo blogueiro Nadoautodidata, Déi, Edmar Vieira,  Manoel da Viola, o cordelista  Albino Cardoso e o Diretor de Cultura Edivaldo Gonçalves Costa. Tiveram o privilégio de estar com uma lenda viva, o fantástico homem das mil histórias e muitos causos, fundador do povoado e patrimônio imaterial do nosso Município. 
O Senhor João, sempre alegre, veio ao nosso encontro demonstrando todo o otimismo que cultiva ao longo dos anos, e isso, com certeza é o segredo da sua longevidade.
Do roçado até a sua casa, João lembrava como era a vida em Santo André, nos anos de 1930 a 1940. Segundo ele, viajavam um dia inteiro e nem sequer uma bicicleta encontravam nas estradas por onde passavam. Para comprar um pedaço de carne era a coisa mais difícil do mundo. Só quando viajavam para o comércio em Amargosa ou outras localidades que tinham comércio firmado.  Segundo ele, Nova Itaípe tinha mais ou menos duas a três casas, e Planaltino tinha algumas casas e alguns moradores, como o Senhor Didinho e outros poucos que não lhe vêm na lembrança.

Momento descontraido " casa de João Tingui".
Déi e Marla "filhos da Terra".
Chegando a casa do Senhor João Tingui, fomos muito bem recebidos. Para inicio de prosa, Edmar Vieira fez um verso que serviu de pontapé inicial para os vários versos, cordéis  e causos que foram ali contados e cantados.  Ao findar da manhã, todos ali satisfeitos  e encantados com o artista João, partimos em direção ao Povoado do Santo André, onde saboreamos um delicioso almoço oferecido pela família de Déi, um dos organizadores do evento.
Manoel Violeiro e Diretor de Cultura Edivaldo.
Comunidade do Povoado do Santo André.













Ao cair da noite, em meio a muita chuva, a comunidade do Povoado de Santo André apareceu em  massa. Utilizamos o espaço da Igreja Católica, pois a chuva nos impediu de utilizar o espaço que foi planejado anteriormente. Assim como estava prometido, começamos as nossas apresentações culturais com a apresentação de um vídeo com trechos do Arraiá do Cabação, que já entra para a sua III Edição, apresentação de seu João Tingui com os seus causos, apresentação do Grupo de Recital do Santo André, Grupo de Recital da Cidade de Planaltino, apresentação do Cordelista Albino Cardozo  e exibição do filme "Abril Despedaçado".
Grupo de Recital Renascer - Planaltino
Grupo de Recital de Santo André.













A noite  Cultural do Povoado do Santo André, com certeza ficará na memória de todos. 

Os risos e a alegria que brotavam no semblante de cada um ali presente jamais serão esquecidos por aqueles que, direta ou indiretamente colaboraram para que o evento acontecesse.

Organização do Evento:
Prefeitura Municipal, através do seu Departamento de Cultura na pessoa de Edivaldo Gonçalves Costa; Déi  Agente Comunitário, Edmar Vieira, Marla Cristina e Nadoautodidata.
Colaboradores: Manoel da Viola; Albino Cardozo e Grupo Renascer.


Matéria: Nadoautodidata
Revisado por: Zene Almeida.

Agradecimentos da RTC - ANA RITA MATOS (VALE DO JIQUIRIÇÁ)


Agradeço o apoio e reconhecimento de todos. Informo que continuarei no Território, pois resido, tenho família e amigos aqui, além do envolvimento com um projeto de pesquisa que possui enquanto objeto de estudo o nosso "Vale de Vida". Saliento que estarei em dedicação às aulas das disciplinas do MESTRADO EM CULTURA E SOCIEDADE DA UFBA na terça-feira das 18 às 22h e na quarta-feira das 13 às 19h (documento em anexo).
Nossas atividades não ficaram limitadas exclusivamente a um único município, pois o Edital de Seleção exigia disponibilidade de deslocamento e exercício da função em todas as cidades do Território. Dessa forma, temos a consciência do desempenho da atividade, mesmo em horários e dias incompatíveis com a carga horária de trabalho, mas que eram necessários para o estímulo ao desenvolvimento da cultura. Nasce a partir daí a efervescência cultural do Vale do Jiquiriçá e que jamais poderemos deixar abrandar, independentemente da continuidade das pessoas nesta ou aquela função. Pois, seremos sempre passageiros nas paradas da vida.