quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ITA, O EPÍRITO DE OURO DO MORRO GRANDE - Itiruçu - Vale do Jiquiriçá - BA



“Histórias do Morro Grande”


 

 


  Conta a lenda, que aos pés do Morro Grande vivia uma tribo indígena. Este ponto era estratégico, visto que do alto do morro os guerreiros podiam observar a movimentação das tribos inimigas. Nesta tribo, um acontecimento mudaria para sempre a história da aldeia: o nascimento da menina Ita, cuja beleza era quase celestial. Seus olhos eram como espelhos, que refletiam a mais pura essência da luz; sua tez branca, como flocos de neve, lembrava a Lua; seus cabelos como cachoeira de cujas águas cristalinas, cintilavam à luz do sol. Tais características físicas fugiam dos padrões dos restantes membros da tribo. Por esse motivo ela seria sacrificada em ritual e oferecida ao seio da mãe terra, segundo os costumes ancestrais da tribo. Iniciado o ritual, no instante em que os índios da tribo, cacique e pajés, entoavam cânticos para dar início ao sacrifício da pequena, a aldeia foi sacudida por uma amaná, (chuva torrencial, acompanhada de rajadas de ventos, trovões e relâmpagos), que cortavam o céu de alto a baixo, refletindo nos olhos da pequena Ita, que deitada em uma cama sacrifical chorava como se as águas que desciam do céu, fossem as lágrimas dos seus olhinhos. Tal acontecimento fez com que os índios poupassem-lhes a vida, evitando a morte prematura, daquela que se tornaria a criança mais celebrada da aldeia. A menina cresceu como todos os curumins da tribo, participando de todos os tipos de brincadeiras, banhos em riachos, caçando, entre outras travessuras da infância. 
   Certa feita, sem saber para quê, nem para onde iria; ao primeiro dia de uma lua cheia ela sai ainda na penumbra da noite mato adentro, onde, apesar de crescida, mas ainda com pouca idade, dificilmente regressaria à sua aldeia devido à existência numerosa de jaguares e outros felinos de grande porte naquela floresta. Por um momento pensou em desistir, mas sua mente a levava a cumprir sua misteriosa missão. A bela indiazinha que outrora havia escapado do sacrifício, seguiu tapeada ao encontro do seu martírio.
  Naquela noite clara, longe do Morro algumas léguas; estonteada e sem rumo, em meio ao matagal, Ita enxerga dois pontos brilhantes, à média distancia de si, como dois pequenos holofotes. Aos poucos se aproximava e a envolvia. De repente um uivo e aquelas patas pesadas e de unhas afiadas sobre seu corpo. Sem chance de reagir, Ita é atingida mortalmente pelas garras de uma onça pintada, que com os dentes fincados ao seu pescoço, a arrastava para dar início ao festim. Antes das feras partirem para o banquete, um grito de lamento do espírito “dono do mato” (curupira ou da caipora) ecoou por todo vale, silenciando o alvoroço dos animais que estavam nas copas das árvores, sucedidos por um clarão que iluminou o céu, seguido por um estampido de trovão, que espantou os felinos que correram em retirada no instante em que um temporal precipitou sobre a terra. 
 Centenas de anos depois, homens brancos povoaram aquela região onde deu origem ao município de Itiruçu-Bahia. Conta a lenda que o espírito da pequena indiazinha transformou-se em pedra preciosa “encantadora” que aparece no alto do Morro em forma de animais como: galo ou serpente, e que quando aparece a uma pessoa, ela, fica em estado de hipnose, sem ação, paralisada. Então o animal cintilante volta a penetrar o Morro novamente. Até hoje o morro, chora a morte de Ita, através de pequenas enxurradas que nascem ao em meio às rochas. 


Extraído de: JORNAL TRIBUNA DO VALE
Autor: Adailton Pires
Adaptação: Erasmo Amorim

Construção da Casa de Taipa - Projeto Canta Luiz - Ano II - Planaltino - Vale do Jiquiriçá - BA


Construção da Casa de Taipa - Projeto Canta Luiz - Ano II - Planaltino - BA


Claudinho Batera e André Fonseca.
Nesta  Sexta - feira, a Secretaria de Infraestrutura, está trabalhando a todo vapor, na construção da casa de taipa. Espaço onde acontecerá  a culminância do Projeto Canta Luiz – Ano – II, no próximo sábado dia 26 de novembro. Hoje, já tivemos forró na Feira Livre, próximo ao Cenário do Canta Luiz. O Sanfoneiro André e Claudinho Batera, deram uma canja debaixo do módulo de feira livre. Caludinho que fez fama no Caldeirão do Huck no SBT, desta vez,  estava tocando triângulo,  e afirmou que estará presente no Canta Luiz - ANO : II.



  Venha, você é o nosso convidado!


Fonte: Coordenação do Projeto Canta Luiz.